Aqui não é como os contos de fadas que tem começo, meio e fim. Aqui tem dragões, fadas, elfos, unicórnios, espadas, arcos e flechas. Nada aqui é feito sobre regras, eu sou uma Rebelião pedindo, implorando por liberdade.
Seja bem-vindo(a) ao meu mundo.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Amor.

Dizem que amor é de graça, talvez seja.
Mas amor, tem que nascer dentro da gente.
Igual semente.
Tem que germinar, ficar dentro da terra,
E florescerá.
Amor nasce e morre, mas o amor não pode ser vendido nem comprado.
Nem real, dólar, euro.
Ouro, prata e bronze.
Amor, vem de amar, de mar.
Vem de imensidão, profundidade.
Amar é doar-se incondicionalmente.
Tranquilamente.
Amar é estar presente, mesmo não tendo presente.
Somos todos criados para amar,
amar uns aos outros,
amai-vos.

Se amar é pecado, então sou mais que pecadora!
Se amar é santidade, me levem para o convento, por gentileza!
Se amar é vício, me inebrio.
Se amar é preguiça, me deixa aqui o dia todo.
Se amar é sonho, não vou nunca mais acordar.
Se amar é liberdade, me joga do penhasco que abro as asas.

Amar é caminhar sobre a brasa ardente, tomar o vinho mais amargo possível, é mexer na ferida aberta.
Mas amar também é aconchego, liberdade, suavidade, é como aquele suco de laranja do café da manhã, como o olhar sob o pôr-do-sol, é como estar nos braços de Deus.

Amar é pra quem tem coragem. 

sábado, 19 de dezembro de 2015

Amor a primeira vista.

Eu acredito em amor a primeira vista.
Não como nos contos de fadas ou nas novelas.

Mas aquele amor que acontece desde o primeiro olhar e,
você toda tímida não o olha fixamente, ele, em compensação,
não tira os olhos de você.

Você dá um sorriso de canto, engole, olha pra baixo.
Ele sorri, com a boca e com os olhos,
te olha fixamente.

Amor a primeira vista.

Quando tudo lhe agrada, ou talvez apenas aquele momento com a outra pessoa.
Quando duas almas se reencontram, quando elas se entendem, sem dizer uma única palavra.
Quando existe amor, sem existir romance.
Quando existe tudo no nada.


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Sonhos.


"Há quem diga que sonhar é mágico,
mas sonhar é uma maldição.

Se não realizado te traz confusão,
se enfim concretizado, que mau meu caro!

Sonho bom é aquele que realizado lhe causa sorrisos,
não aquele que realizado te faz sombrio.

Sonho bom,
sonho ruim.

Premonições disfarçadas de sonhos, realidade medrosa.
Ai meu Deus, que desespero!

Rezo a Ele que este sonho, seja apenas devaneio,
seja apenas medo, receio e que,
nem por um segundo,
se torne verdadeiro." 

domingo, 29 de novembro de 2015

A beira.


A beira,
a beira da margem,
a beira do rio,
do precipício,
do abismo.

Estar a beira,
na beirada,
não no fundo,
tampouco profundo.

Serabeira
Ser(a)beira,
estar a beira,
na margem,
estar na beirada.

Não sou beirada,
tampouco margem.
Sou o profundo do fundo. 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Doce desconhecido.

Eu tenho saudade de quem eu nem sei o nome,
ou o tom da voz,
o timbre ao dizer "olá",
não sei a sensação do toque de sua mão,
mas sei que queria entrelaçada na minha.
Não sei direito a cor de seus olhos,
mas queria me perder na imensidão deles.

Não sei seu time favorito,
mas torceria pra qualquer um se fosse por você.
Não sei tua cor favorita,
mas te compraria uma camisa dela.
Não sei com quem andas,
mas queria andar do teu lado.

Não sei onde dormes,
mas se pudesse, te daria meu peito pra repousar tua cabeça.
Não sei teu nome,
mas clamaria para os céus o quanto eu te amo.
Não sei por onde andas,
mas caminharia a vida toda contigo.

Não sei o sabor do teu beijo,
mas te beijaria a noite inteira pra não esquecer o gosto.
Não sei se sorri,
mas sei que meu sorriso se abre ao te ver.

Não sei nada sobre você,
onde mora, teu nome,
teu registro, tua essência.

Eu só sei que não sei viver mais longe de você. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Desistir, abrir mão, ir embora...

É isso mesmo, desistir não é fácil, o desapego gera sofrimento, seja ele de um objeto ou pessoa.
Mas convenhamos que o desapego de um objeto é algo mais superficial, as vezes desapegamos de uma roupa por ela não servir mais ou estar velha, desapegamos de um cd, porque ele está riscado.
Desapegamos de folhas, quando estas não prestam mais, desapegamos de sapatos, porque não nos servem mais.
Não desapegamos de pessoas, isso não.
Confesso que tem sido um trabalho árduo e tenebroso desistir de você, não sei, parece que perto de você eu fico bem e longe também, mas não tão longe, porque daí logo vem a falta, a saudade, mas quê posso eu fazer? Apenas desapegar.
O desapego gera desconforto, pelo menos para mim, não que seja uma pessoa materialista, mas gosto das minhas coisas, na verdade, meu medo não é o desapego e sim do "fim", do "término", da "morte", por isso não gosto de nenhum desses termos e tenho dificuldade de findar algo com alguém, a não ser que tenha cometido algo realmente grave para mim, aí sim, sou tomada por uma tristeza/ódio, que tomam conta do meu ser, fazendo com que eu desista de forma rápida.
Não gosto de despedidas, elas sempre têm a "morte" envolvida, seja de um relacionamento, em qualquer campo (amizade, amor, trabalho, companheirismo), ou então de um animal (que a dor é proporcionalmente igual, ou as vezes, até mais), com isso, não lido bem com isso.
E não, não tenho lidado bem com essa "despedida" de você, mesmo que eu tenha tomado a atitude, eu não lido bem, porque nossa amizade foi real, então tudo que falo, que vejo, ou que comento, eu lembro de algo que conversamos e daí novamente me torna a lembrança que desisti de você.
Eu desisti de achar que eu estava errada, que havia algo de errado comigo, não, não há!
Honestamente eu tinha esperança, eu acreditava em algo, até porque você de repente se demonstrou tão interessado que achei que algo havia mudado, mas não; você continua o mesmo, talvez porque esse seja você e nada mais.
É complicado ver que nada para você está bom, que as pessoas não são boas o suficiente e que, a vida não é como quer e nem nunca vai ser! Temos que aprender que todos temos problemas, defeitos, que a nossa vida é mero aprendizado, mas se acha tu o Mestre, como ser aprendiz? Não é.
Abrir mão de pessoas é algo que compreende tempo e paciência, porque numa relação, seja ela qual for, assuntos são debatidos, sentimentos trocados e o pior, músicas.
Acredito que esta última seja a pior, pois toda música que lhe inspirar tal pessoa, fica marcada para sempre, quer um conselho? Não "dê" músicas para as pessoas. É melhor não, ou no fim das contas, não terá mais repertório, porque todas tuas músicas favoritas foram dedicadas às pessoas erradas.
Desapegar de pessoas é constrangedor, pois enquanto fazemos de tudo para esquecer, sempre tem alguém ou algo que nos remete a ela imediatamente e com isso, milhões de pensamentos, um turbilhão de sentimentos te envolve, te fisga e lá está você, de novo, na rede, presa, estagnada naquela lembrança, memória.
Eu estou exercitando o desapego, tentando deixar-te ir, mas não fisicamente, talvez emocionalmente, dentro de mim.
Não nego que te amei, isso é fato, continhas uma lista das minhas coisas favoritas, por fora e por dentro, mas pelo visto, eu não era sua lista favorita. Mas isso não importa mais.
Cada um é uma lista, uns gostam mais, outros não, temos apenas que encontrar a lista que mais nos encanta.
Eu estou desapegando de você e te garanto, a hora que tudo se exaurir dentro de mim, não haverá mais semente, mais terra fértil, mas água para se regar, que fará esse sentimento florescer aqui dentro novamente.
Eu sinto muito, ou talvez nem sinta, mas eu tô desapegando de você.  

sábado, 14 de novembro de 2015

Re(lembrando).

Antigamente eu vinha pra cá e descrevia tudo que sentia, tudo que havia na minha mente e agora não sei.
Estou confusa, nesse meio tempo tanta coisa aconteceu, tanto choro, tantas lágrimas derramadas, amores, amizades que foram embora, alegrias contadas, lembranças dadas, sorrisos emprestados e roubados, que não me recordo mais.
Agora não sei, existe algo neutro dentro de mim, aqui como me referi, sempre foi meu porto seguro, o lugar onde jogo todas as minhas neuras, meus medos, anseios, dores e amores; mas de repente tudo se exauriu, esgotou-se.
Como se o vazio dominasse.
É isso.
Queria crer que não.
Mas por onde começo?
Uma coisa é certa, algo mudou, bom como fiquei um ano fora, que tal dissertarmos um pouco sobre o que foi todo esse tempo para mim? Uma loucura eu te garanto.
O homem trabalho deixou o trabalho e se lembrou que tinha casa, que tinha família, que tinha mulher e filha.
A menina que "corre menina, foge daqui", ela ficou, não fugiu e enfrentou seus medos, da forma mais brava e corajosa que ela poderia ter feito.
O beija flor e a flor não tiveram um caso de amor, na verdade ele não soube esperar o desabrochar da flor e talvez nem estava interessado no perfume que ela proporcionaria.
O Mat e Julia nunca mais se falaram, Mat esqueceu de Julia, que nunca esqueceu de Mat. Ele esqueceu do quanto a amou, mas nunca deixou de ficar observando sua sombra pela janela de seu quarto.
O Príncipe sem armadura se mostrou um belo fracote, não suportou a princesa, não soube entender que ela era diferente das que ele havia conhecido.
A pequena da casa se foi, por um breve momento, tirou algo de dentro de mim, ela rasgou meu peito, se foi e rasgou meu peito, mas eu fui buscá-la e assim, ela voltou. Voltou para meus braços, meu colo, meu peito e meu amor.
A bruxa má tem intensificado suas maldades, tem cortado cabeças de forma vil, o bom homem está distante, ele não sabe de nada.
A sereia tem indo mais fundo no oceano, talvez para afogar de vez seus medos.
A bela casa tem-se construído aos poucos, da destruição dos pequenos gnomos maus.
A vida tem seguido em paz, uns dias de mais calor, outros de frio.
Alguns falsos príncipes apareceram, mas também se foram na mesma velocidade, porque não lhes era importante.
Nenhum ficou, nenhum.
E com isso, ela segue, vivendo, sobre(vivendo), a(mando), ar(mada).

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Navegando em águas profundas.



Não é fácil navegar, não é fácil estar atrás do leme,
direcionar, instruir, não é fácil seguir uma direção... ainda mais quando não se sabe pra onde vai.
" Vou abandonar o leme" - Pensou o capitão.
E abandonou.
- Mas capitão - perguntou o marujo aprendiz - quem vai controlar o navio?
- O vento. - Respondeu o capitão olhando para o horizonte. 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Ele a viu...


"Por trás do véu ele a viu dançar,
em meio a redondos e oitos, seu quadril balançar,
seu cabelo ao vento voar.
Ele a viu nua, dançando,
de roupa, viajando.
Seu corpo balançava com a música,
seus olhos fitvaam seu corpo inquieto,
acompanhando o ritmo do som.
Ele a viu por trás do véu,
com básicos egípcios o seu balançar,
com o quadril fez shimmie
e "shimmeou" o coração dele.
Seus braços movimentavam o ar lentamente e ele,
acompanhava maravilhado.
Ele a viu por trás do véu.
Em meio a dança, a liberdade,
ele a viu nua por trás do véu."

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Dia de Finados.

O amor que nunca se acaba,
amor pela morte?
Não jamais.
Amor pelos que já se foram.
Por aqueles que nos guardam de longe, por aqueles que são apenas ossos, almas, sopros de ar, que caminham entre nós.
Nossos irmãos, pais, mães, avós, amigos e conhecidos.
Amor daqueles que se foram, nos deixaram aqui.
Feliz dia de vocês. 

domingo, 1 de novembro de 2015

Retorno.

Olho para trás e te vejo, é inevitável.
Eu achei que nossas vidas não se cruzariam de novo, mas é inegável...
É inegável que nos negamos, não assumimos o quanto nos amamos.
Eu fico aqui buscando na minha mente, o que houve de errado, o porquê não ficamos juntos.
Por mais que eu tente me afastar, você continua voltando, como se eu estivesse amarrada à você.
Me dando corda eu vou me afastando, indo cada vez mais longe, até que, você me puxa de volta, me puxa tão forte que eu esbarro em ti, esbarro nos meus pensamentos, nos meus sentimentos, como se eu naquele momento me sentisse como aquela menina lá de trás.
É tudo confuso quando você volta, eu não sei, eu paraliso, meus pensamentos se misturam e eu, fico perdida.
Seu olhar, você, seu nome, ainda mexe comigo, ainda acaba comigo.
Te ver acaba comigo.
É, você foi e sempre vai ser meu primeiro amor, meu carrasco e meu herói, meu amado e o motivo do meu ódio, tanto ódio, que tenho ódio porque não consigo te odiar.
Tantos outros eu larguei, eu esqueci, eu "desamei", não me inspiraram tantos versos, cartas, músicas, contos e cantarolar pela cidade. Não, outros não me causam e nem me causaram borboletas no estômago, não me fizeram feliz, tão feliz a ponto de sentir falta de nós, de quem fomos, da vida, do amor, de você.
Quantos passem pela minha vida, quantos me desejem, queiram meu amor, mas o meu amor, eu guardei e guardo somente pra você.
Me atirei num abismo por você, me puxa de volta. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A Dança.

"O tempo, a dança, onde tudo é mágico.
Onde nada mais importa, onde o tempo é nosso, o passo e o compasso.
Tempo que pára pra ver a bailarina girar, rodopiar, tempo que vê o tempo passar.
Bailarina roda, rodopia, brinca feliz em meio a dança.
Sou bailarina, sou feliz. 
Brinco com o tempo, com a dança, compasso e passo.
A música é apenas extensão do meu corpo, sinto suas batidas e transformo-a em movimento, o mundo para pra me ver.
Bailarina eu sou, bailarina sou eu.
Se Bailarina não fosse, que seria eu?
Quantas cores surgem quando danço, sou bailarina do tempo, do vento, do sol e da lua. Somos todos em uma.
Nem sei de onde vem essa vontade de dançar, só sei que sei, que tenho, que danço.
Danço na alegria, na tristeza, no sol e na tempestade, danço pra mudar o tempo, pra atrasar o relógio cujas horas estão sob domínio da minha dança.
Se não houvesse dança, haveria tempo?
Dança da vida, dos ponteiros, dos astros, dos governantes e dos amantes.
Tempo que adianta, que atrasa, tempo da vida.
Minha dança é minha e eu sou dela."

Eu te amo.





O "eu te amo" está nos detalhes,
no sorriso ao te ver,
ao te ler.

No toque,
na voz,
no sabor.

No cuidar,
no beijar,
no amar.

O "eu te amo" está em todo lugar,
basta olhar. 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Sereia-me
Incendeia-me
Decifra-me
Toca-me
Fala-me
Beija-me

Pertença-me. 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Dois.




"Eu não sei se temos outras vidas,
se nos encontraremos na esquina,
só sei que a minha alegria
se encontra na tua.

Teu riso,
teu jeito me cativa,
como quem faz sem esforço.

Demorei pra perceber,
não soube ver,
que eu sou louca por você.

Só rio com você,
meu riso,
se abre ao te ver,
é, sou louca por você.

Tenho medo que vá embora,
que meus dias não sejam mais os mesmos,
porque não sou mais a mesma desde que te conheci.

Vem me fazer rir,
vem me dar teus medos,
dividirei contigo meus receios,
e assim viveremos a dois.

Vem ser meu,
me dá esse teu amor são sincero,
me deixa cuidar de você,
me deixa ser tua."

Olá caro leitor,

lembra-se de mim?

Pois é, cá estou.
Parece até um sonho, parece mentira, mas é, cá estou.
Voltando, escrevendo, pensando e falando, através das gélidas teclas de um computador com você.
Sentiu minha falta?
Porque eu senti a tua.
Falta de falarmos assim, aqui, só nós, quietinhos, de mansinho, no silêncio da madrugada.
Ora leitor, não se acanhe.
Pegue uma cadeira, uma almofada, encoste na parede e venha me ouvir, siga o suave som da minha voz.
Venha leitor, eu senti a tua falta.