Aqui não é como os contos de fadas que tem começo, meio e fim. Aqui tem dragões, fadas, elfos, unicórnios, espadas, arcos e flechas. Nada aqui é feito sobre regras, eu sou uma Rebelião pedindo, implorando por liberdade.
Seja bem-vindo(a) ao meu mundo.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A sereia e o Viking.

Toda sereia tem a sina de ficar sozinha
toda sereia encontra no mar seu amor
toda sereia é casada com o mar.

Reza a lenda que sereia canta para o marinheiro,
chama-o para as profundezas do oceano
e lá, devora-o.
Devora sua mente, corpo e alma.
Sereias são devoradoras de homens.

Há quem diga que sereias são belas,
sereias estas que cantam e encantam,
surgem e somem como as ondas do mar,
mas uma sereia pode se apaixonar?

Sereia se apaixona,
ama e clama por amor,
mas sereia não é boba amor,
de inconstância já basta o mar.

Uma sereia amou um Viking,
conheceu-o numa de suas viagens por aí,
ela, que adorava conhecer outros mares,
ele que adorava conhecer novas terras.

Viking é bruto, saqueia, viaja pra lá e para cá
na superfície do mar.
Sereia que é sereia, é calma e amorosa,
viaja nas profundezas do mar.

Jamais um Viking e uma Sereia dariam certo,
mar e terra,
superfície e profundidade,
que teimosia da sereia,
achar que o Viking seria dela eternamente.

Sereia, deixe de besteira,
vá nadar,
vá se aprofundar,
deixe o Viking na superfície
que lá é seu lugar.

Sereia vai nadar,
se aprofundar no oceano
e o Viking,
vai navegar no mar.

Haverão encontros súbitos,
pois quem diria que os dois estariam no mesmo mar.
Mas há quem diga que eles foram amantes,
outros ainda comentam que foram apenas amigos,
mas o que eles tiveram
só o mar pode contar. 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Montanha russa.

Nunca gostei de montanha russa,
esse sobe e desce,
essa inconstância.

Nunca fui fã de montanha russa,
elas me assustam,
me dão medo,
me causam fagulhas ao estômago.

Nunca cai de amores por montanha russa.
Essa ideia de altos e baixos não é para mim.
Sou constante, linha reta,
não gosto de montanhas russas.

Essa dúvida,
tipo roleta russa,
montanha russa,
seu amor é russo. 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Me faz um café?

Te olhar é uma mistura de emoções,
é um jardim que floresce aqui dentro,
é amor, é saudade.
É tristeza por não ser meu.

Meu amor por ti é como rio que deságua em mar,
é pequeno, manso,
mas ao desaguar no mar,
ah meu bem,
é imensidão, é fúria, é intenso.

Sou tua, só por ser.
Desde o primeiro olhar eu entendi,
que para mim,
não existe ninguém além de você.
Dentre todos os sorrisos, uns mais bonitos, outros mais singelos,
é o seu que eu quero.
É teu sorriso que quebranta meu coração.
É teu olhar que me derruba,
me deixa mergulhar neles,
me deixa ficar imersa.

Como saber se no teu coração outra mulher já fez morada?
Se ela te fez lar?
Se ela já marcou os lábios em você, feito tatuagem.
Quem dera fosse os meus...

Oh meu bem amado,
que dúvida é essa que percorre meu ser?
Sem saber ao certo que quando me olhas sente o mesmo vulcão aqui dentro que sinto ao te ver?
Sou tão tua que deixei de ser minha.

Chega ser estranho, você sentir que seu coração pertence a outro alguém, sem saber se o coração dele também é seu. É como do alto do penhasco, de olhos fechados, jogar-se e rezar, para que aquele alguém esteja lá, prestes a te segurar.
Vem misturar tua vida com a minha, vem ser meu, me deixa ser tua.
Me deixa fazer o café, vem esquentar o pão, vamos dividir a cadeira, sento no teu colo se for necessário.
Deixa-me beber na tua caneca, deixar minha marca de batom, mas antes, vai buscar um cobertor, está frio, embala a gente, embala o amor.
Vai se arrumar pra trabalhar, veste teu terno amor - você fica tão lindo nele - arruma esse teu cabelo bagunçado, que eu adoro desarrumar. Me dá um beijo na testa e sai.
Chega em casa mais cedo, desastrado começa a fazer o almoço. quando eu chego, a casa quase pega fogo!
Como é bobo você.
Vai amor, deixa que eu faço, enquanto isso arruma a mesa, mas de vez em quando, me dá um beijo, um carinho, faz-me cócegas, quase derrubando tudo do fogão.
Vem almoçar, entre uma garfada e outra, me olha e me deixa vermelha, tente roubar a azeitona do meu prato e claro, você esqueceu o suco de laranja.
Tá na hora de sair, vamos, mas espera, não saio sem batom.
Borra meu batom, me deixa brava ao ponto de ter que passar de novo.
Vamos, tá na hora.
É hora do jantar, chego mais cedo, arrumo tudo pra você, que chega e vê que tá tudo feito, mas você me dá um beijo no pescoço, quase me fazendo derrubar a lasanha, vamos, venha jantar.
Jantamos, sorrimos e nos fartamos.
É noite, é a hora em que nos tornamos amantes.
Você me olha como quem desvenda um mistério, me cativa como um animal selvagem, me faz tua, me faz plena.
Rasga minha alma, entre beijos e carícias me sorri, como sorriu na primeira vez que me viu.

Eu acordo.
Me faz um café?