Aqui não é como os contos de fadas que tem começo, meio e fim. Aqui tem dragões, fadas, elfos, unicórnios, espadas, arcos e flechas. Nada aqui é feito sobre regras, eu sou uma Rebelião pedindo, implorando por liberdade.
Seja bem-vindo(a) ao meu mundo.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Trust


             
Quando encontrar alguém,
onde o cair de cabeça seja seguro,
onde o corpo se enlace,
encontrou seu porto (seguro).

Quando for fácil sorrir...
e não for necessário mentir,
entenda,
a vida lhe fez plena.

Quando a confiança superar o medo,
a ponto de cair,
soltar-se,
é porque não existe receio.

Quando a vida cantar,
mesmo quando não houver música,
quando o silêncio for harmônico,
a beleza lhe bateu a porta.

Quando existe confiança,
existe brincadeira,
mordida
e beijo.

Quando existe dureza,
existe medo,
receio,
anseio.

Mas, quando tudo isso for embora,
e a vida lhe sorrir lá fora,
saia,
de saia, porta afora.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Sua escova de dentes.


Foi sem querer, mas no fim, 
você esqueceu sua escova de dentes. 
Você, de fato, foi embora. 
Seu sorriso, seu abraço, seu beijo e, 
seus olhos fixados em mim, 
permaneceram em minha memória. 

Você deixou seu amor, 
ou eu não era teu amor? 
Você esqueceu teu cheiro, 
teus passos. 
Esqueceu-se em mim. 

Tão absurdo pensar, 
que nós, exatamente nós, 
que tínhamos tudo tão certo, 
tão definido, 
foi bruscamente interrompido. 

Não consigo acreditar, 
porquê foi mentir assim? 
Feriu-me. 
Desapontou-me. 
Por quê? 



terça-feira, 4 de outubro de 2016

Temor, temo, tempo.




Meu coração parece um relógio.
Tá batendo tão forte, tão descompassado, tão acelerado.
E sabe porquê?
Porque está com medo de te perder.

Medo de que todo sorriso se vá
toda paixão se esvaia
toda cócega cesse
todo beijo desapareça.

Os dedos não se entrelacem mais
não haja mais troca de carícias
que o seu perfume se vá
e que meu coração se desfaça em pó.

Com medo de não ter mais "estrela, estrela"
Sem mais saudades
sem mais carnavais
sem as brigas de biscoito e bolacha.

Temo em te ver rumando com a mochila nas costas
Temo em te ver indo embora.
Temo em não te ver mais.


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Sim, eu entendi.


Eu entendi, entendi que a oração é um pedido de ajuda e de resgate, que a oração é como um socorro à alma alheia. É como dar carinho de longe, corrigir sem falar, como quem abraça sem tocar. Entendi que orar é mais que pedir, é meditar em Cristo e em sua palavra, em sua doutrina e, em seus ensinamentos.
Que Cristo está sempre conosco, mesmo que as vezes esqueçamos disso.


domingo, 21 de agosto de 2016

Oh, que fardo!

Um pouco mais de respeito,
um pouco mais de atenção,
É só o que peço em questão!

Se te importas tanto quanto diz,
por que não me queres aqui?

Minha companhia há de ser tão desagradável?
Que teu corpo permanece intacto e,
que Morpheu te enlaça os braços?

Oh, que fardo deve ser!
Tem alguém como eu de companhia.

Se te fores daninha,
flores eu seria,
mas tu me devorarias,
porque me sufocarias!

Deveras sentir um peso,
um fardo,
de tamanho enlaço.
Nosso enlaço é tão enfadonho, que te dá sono!

Mas é, enfim um dia,
o sono será eterno,
minha companhia terá perdido,
para sempre esquecido! 

terça-feira, 19 de julho de 2016

Medo, me-do.


E esse medo da perda? 
Esse medo do abandono, da ausência, da ida, da partida. Nunca soube lidar bem com isso, sempre tive aflição das folhas que caem das árvores, elas não deveriam cair. Os animais não deveriam morrer, as pessoas não deveriam partir. Ninguém deveria ir, nem eu, e nem você. Talvez eu esteja transferindo a dor, o medo, mas isso é normal, quem nunca transferiu a raiva? A alegria? A tristeza? Somos humanos, erramos, acertamos, nunca sabemos direito onde estamos, porque a vida é cheia de altos e baixos. Mas eu estou com medo, de te perder, de não ter mais o seu sorriso, não ter mais o teu abraço, não te chamar mais de mãe, não ouvir mais o "Jade, venha cá." Não está fácil essa incerteza do futuro e, de repente, o outro alguém aparece e não sei mais, é medo de perder tudo e todos, até porque a morte me tirou tudo e todos que mais amei na vida, na hora que mais precisei, na hora que não estava preparada, ela veio e arrancou com raiz e tudo, como o lenhador que corta uma árvore gigante e larga lá, sozinha, nada faz para ela, nem planta outra no local, e nem tira a raiz, ela simplesmente larga a árvore lá, para ficar sozinha, é assim que me sinto neste momento. Eu não vou suportar perder você, vocês.... Não está sendo fácil essa dúvida, de quem estou com medo de perder? Talvez seja os dois? Porque meu amor é tão grande por ambos? Não dá pra entender e nem para compreender. É como estar esperando um resultado, você nunca sabe se vai dar certo ou não, a dúvida é grande, a expectativa e a decepção são proporcionalmente iguais, de forma que se torna impossível medir. Eu não posso te enterrar, não posso enterrar nossa história, ela não começou para terminar a sete palmos de terra, não estou preparada e talvez nunca esteja. Eu não vou te enterrar, não foi isso o prometido a nós, não foi isso que nos foi profetizado, eu não posso e não vou! Há o rufar dos tambores, todos esperando a queda, todos esperando que tudo desmorone, mas eu lhe prometo, não vai! Haverá derramamento de sangue, haverá guerra, batalhas serão travadas, mas estarei com você, não importa onde, nem quando, mas olha só, de quem estou falando, não dá pra saber, é, talvez eu esteja misturando tudo. Porque na verdade, eu tenho medo de perder ambos, que confusão está minha mente e coração. Na verdade, eu estarei com ambos, até meu último sopro, meu último suspiro, meu último compasso, minha última dança, até meu coração resolver que quer descansar, até que meus olhos se cansem, até que minha mente precise de repouso, até que meus ossos não sustentem mais meu corpo, até que a vida se torne cansativa, que as flores não me tragam mais alegria, que o sol não pareça ser tão azul como de costume, até que o barulho da rua se torne estridente aos meus ouvidos, até que a vida me pareça enjoativa. No fim das contas, não é que não sei quem tenho medo de perder, mas só é somente o medo em si, sendo você ou ele, o medo é o mesmo, pois o amor é imenso para ambos. Por isso, é apenas por isso, por favor, não vão embora.

Medo, me-do.


E esse medo da perda? 
Esse medo do abandono, da ausência, da ida, da partida. Nunca soube lidar bem com isso, sempre tive aflição das folhas que caem das árvores, elas não deveriam cair. Os animais não deveriam morrer, as pessoas não deveriam partir. Ninguém deveria ir, nem eu, e nem você. Talvez eu esteja transferindo a dor, o medo, mas isso é normal, quem nunca transferiu a raiva? A alegria? A tristeza? Somos humanos, erramos, acertamos, nunca sabemos direito onde estamos, porque a vida é cheia de altos e baixos. Mas eu estou com medo, de te perder, de não ter mais o seu sorriso, não ter mais o teu abraço, não te chamar mais de mãe, não ouvir mais o "Jade, venha cá." Não está fácil essa incerteza do futuro e, de repente, o outro alguém aparece e não sei mais, é medo de perder tudo e todos, até porque a morte me tirou tudo e todos que mais amei na vida, na hora que mais precisei, na hora que não estava preparada, ela veio e arrancou com raiz e tudo, como o lenhador que corta uma árvore gigante e larga lá, sozinha, nada faz para ela, nem planta outra no local, e nem tira a raiz, ela simplesmente larga a árvore lá, para ficar sozinha, é assim que me sinto neste momento. Eu não vou suportar perder você, vocês.... Não está sendo fácil essa dúvida, de quem estou com medo de perder? Talvez seja os dois? Porque meu amor é tão grande por ambos? Não dá pra entender e nem para compreender. É como estar esperando um resultado, você nunca sabe se vai dar certo ou não, a dúvida é grande, a expectativa e a decepção são proporcionalmente iguais, de forma que se torna impossível medir. Eu não posso te enterrar, não posso enterrar nossa história, ela não começou para terminar a sete palmos de terra, não estou preparada e talvez nunca esteja. Eu não vou te enterrar, não foi isso o prometido a nós, não foi isso que nos foi profetizado, eu não posso e não vou! Há o rufar dos tambores, todos esperando a queda, todos esperando que tudo desmorone, mas eu lhe prometo, não vai! Haverá derramamento de sangue, haverá guerra, batalhas serão travadas, mas estarei com você, não importa onde, nem quando, mas olha só, de quem estou falando, não dá pra saber, é, talvez eu esteja misturando tudo. Porque na verdade, eu tenho medo de perder ambos, que confusão está minha mente e coração. Na verdade, eu estarei com ambos, até meu último sopro, meu último suspiro, meu último compasso, minha última dança, até meu coração resolver que quer descansar, até que meus olhos se cansem, até que minha mente precise de repouso, até que meus ossos não sustentem mais meu corpo, até que a vida se torne cansativa, que as flores não me tragam mais alegria, que o sol não pareça ser tão azul como de costume, até que o barulho da rua se torne estridente aos meus ouvidos, até que a vida me pareça enjoativa. No fim das contas, não é que não sei quem tenho medo de perder, mas só é somente o medo em si, sendo você ou ele, o medo é o mesmo, pois o amor é imenso para ambos. Por isso, é apenas por isso, por favor, não vão embora.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Eu não me importei...


Eu não liguei quando acordei e vi o banheiro todo molhado,
quando vi as marcas da sua bota no meu tapete que eu havia acabado de lavar.
Não liguei quando vi minha mesa toda bagunçada com suas coisas, quando vi que havia deixado inúmeros recibos de conta.
Não me importei quando você misturou seus livros aos meus. Quando fazia sujeira ao preparar o chimarrão.

Eu não me importei quando te vi andando pela minha casa, quando ia de um cômodo ao outro, não me importei de ver meu sofá cheio de cobertas, de ver que você entrava e saia de casa.
Eu não me importei.

Não liguei quando vi que havia deixado sua bota aqui, ela lá, ao lado do sofá...
Não liguei quando deixou meu sofá uma zona, cheio de roupas e malas, para mim, estava bom, eram as suas roupas.
Não liguei quando lhe vi deitado em minha cama, alisando a cachorrinha, quando dizia que não estava frio, quando zombava das minhas mãos frias.

Eu não me importei quando bagunçou meu quarto, minha casa, quando bagunçou minha vida, ou até quando bagunçou meu coração. Apesar de não ser adeptas a bagunças, mas era uma mistura de nossas coisas, nós já éramos um.
Quando ia dormir e percebia que seu cheiro havia ficado em mim, que havia uma misura de sentidos que jamais havia sentido, e que para mim, fazia todo o sentido.
Que ironia, você mal havia chego e eu já me sentia tua, como se a gente já tivesse muitos anos de história, como se não fosse da primeira vez, como se nada fosse novo, mas tudo já conhecido, decifrado.
Já era tudo nosso, tudo junto, já era nós,
Eu não me importei e não me importo, de dividir a casa, a comida, o teto, as roupas... quero dividir a vida, os sonhos, os planos...
Quero dividir as coisas, para enfim, somarmos nossas vidas e sermos um. 

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Você.

Gosto de você,
de olhar para você, ver seu sorriso, ouvir sua risada.
Gosto do seu toque, a forma como faz uma "bolinha" com meu cabelo, quando vira só pra sentir o cheiro do meu cabelo, quando me dá não um, mas vários beijos de ternura.
Gosto quando meu cabelo se enrosca na tua barba e você não reclama.
Quando coloca meu cabelo atrás da orelha.
Gosto quando sinto tua respiração ficar mais calma quando deito no teu peito, quando encosto minha cabeça e esqueço do resto.
Gosto quando me beija, sinto um encaixe, como se nossas bocas fossem desenhadas para se encaixarem, assim como nosso entrelaçar de dedos, é automático, a gente se ajeita e se enrosca, enrosca os dedos.
Quando passa por mim e me dá um beijo, pode ser um beijo na testa, no ombro, ou até atrás da cabeça, mas é o seu beijo. Ou quando me pega pela cintura, me domina.
Essa olhada que me dá, me deixa vermelha e sou "obrigada", por causa da timidez, a disfarçar o olhar, mas eu amo quando faz isso. Gosto quando fica sem jeito, quando sorri e beija minha mão, tentando me deixar tímida.
Quando vou dormir, a melhor coisa é ver que seu cheiro se confundiu com o meu, quando vejo que você está em mim.
Quem diria, ora, todavia, haveria um dia em que ela se apaixonaria. 

terça-feira, 31 de maio de 2016

Amor, meu amor.


Quando você descobre que amar é doação
que as vezes nem sempre o toque corporal é o mais importante.
Que um "eu te amo" faz bem.

Que amar é não conseguir sentir raiva da pessoa,
mas sentir saudade dela a todo instante.
É amar cada defeito
e gritar cada qualidade.

É falar dele, mesmo não estando presente.
É sentir que parte de você está longe.
É saber que seu sorriso já tem dono.

É pedir a Deus que o guarde,
que ele volte são e salvo,
de volta aos seus braços.

É sentir o beijo sem ter dado,
desejar as mãos entrelaçadas,
já sentir perto, mesmo longe.

O dia que entenderem o amor, o mundo será outro. 

quarta-feira, 25 de maio de 2016

E então?



Como pedir que a árvore não dê frutos?
Como pedir que as estações não venham?

Como pedir aos céus que não tragam a chuva, após um longo dia de verão?
Como pedir à criança, não sair na chuva?

Como pedir aos pássaros para que não cantem?
Como pedir que as folhas não caiam no outono?

Então, como pedir ao meu cérebro, ao meu coração que se encha de dúvidas?
É, tô em dúvida, tenho todas as certezas aqui, dentro do meu coração, mas a minha cabeça está recheada de dúvidas, de hesitação, de intrigas.

Tão distinto, tão certo, tão errado.
Tantas certezas e tantas dúvidas. 

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Sorrir com os olhos.

Dizem por aí que quem ama, sorri.
Mas não sorri com os dentes
e sim,
com os olhos.

Dizem por aí que quando se ama,
os lábios se encontram.
Num segundo, ou hora qualquer,
eles hão de se encontrar.

Dizem por aí que, quando se ama,
as mãos têm mania de ficarem juntas,
se separam por momentos rápidos,
mas logo correm e, voltam a ficar unidas.

Dizem por aí que os corações batem,
uns batem mais rápido,
outros mais devagar,
mas quando se ama,
eles batem igual,
mesma velocidade,
sincronia,
união.

Dizem por aí, que amar é besteira,
pois eu digo que, não é brincadeira!
Amar é para os corajosos de plantão!
Que se arriscam em nome do amor,
que juram promessas e que sonham com um futuro bom.

Dizem por aí que quem ama, é louco, poeta,
pode ser até artesão,
ou não estaria aqui, tecendo sobre o amor?

Dizem por aí que quando se ama fica besta,
perdido e até gagueja!
Mas a língua portuguesa é tão completa e complexa,
como havia eu de errar?
Ora, quem ama, esquece português, francês e até verbo!
Quando se ama só pensa nela. 

terça-feira, 3 de maio de 2016

Ela e ele.


Ela é tão cheia de dúvidas,
ele é tão certo,
ela ri e esconde o riso,
ele não,
ri largo, ri gostoso quando está com ela.

Ela fala engraçado,
ele aproveita e tira sarro,
ela fica brava,
tímida,
ele? Sorri.

Ele já viajou o mundo,
conheceu de tudo um pouco,
mas um amor como o dela,
não encontrou em nenhum canto.

Ele diz sentir-se leve, confortável, feliz com ela,
e isso a faz vibrar por dentro,
como bater de asas,
ela, sente-se segura, estável, feliz.

São tantas promessas,
de abraços, beijos na testa,
sorrisos, carinhos,
que ela chega a duvidar de que
tudo isso, seja real.

Mas aí, vem ele,
e dá a ela, a certeza,
de que,
ela é a garota.
A garota dele.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

In the right way.

Você está indo pelo caminho certo,
está trilhando o caminho para o meu coração,
colhendo todas as flores pelo caminho,
dando todo o amor possível.

Você está sendo como nos filmes,
aquele amor todo inocente,
todo besta,
inteiramente sublime.

Ternura,
carinho,
suave.

Está sendo bom,
estou bem,
me sinto bem
com você. 

quinta-feira, 21 de abril de 2016

É inevitável.


É inevitável que eu espere uma decepção,
não há solução,
tampouco razão,
mas eu espero partir o coração.

É como se ele no meio do caminho fosse se partindo,
fosse quebrando e,
no final,
houvesse a ruptura final.

Mas eu não quero,
está tão bom cultivar isso,
ouvir teu riso,
sentir teu canto e encanto,
por que então, penso nisso?

Talvez seja neura minha,
ou então, minha sina,
mas não quero.
Não outra vez.

Tão lindo, tão foto,
você tem sido,
um jeito manso, direto e completo.
Mas não quero cair de novo.

Por isso que é melhor,
sempre manter os pés no chão,
porque se voar demais,
acabará sem coração! 

terça-feira, 19 de abril de 2016

O fatídico "eu te amo".



Tentei dormir e não consegui. 
Fiquei pensando no seu fatídico "eu te amo". 
Aquela frase ecoou em meus ouvidos, 
minhas pernas se tornaram fracas, 
meu estômago torceu, 
seria amor, 
presumo eu? 



terça-feira, 5 de abril de 2016

Outrora seria um vulcão [...]


Precisava de um poema,
um verso talvez,
quem sabe um conto,
para contar meu canto
embalar meu riso,
te conquistar por enquanto.

Em meio a tudo isso,
olha só,
cá estamos nós,
a sós,
em breve sós.

E nesse meio,
meu sorriso se mistura com o seu,
nossos olhos se encontram
nesse mar,
que outrora chamariam de vulcão.

Nessa congruência,
nós juntos,
sorrimos e,
selamos com um beijo,
nesse meio tempo. 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Desabafo.

[Um longo suspiro]...

Foi o que Anna fez ao olhar para a rua e os carros, ficou ali alguns minutos fazendo inúmeras perguntas, sozinha e que, ela não teria reposta.

Anna questionava o porquê de tanta falta de amor, o motivo real das pessoas estarem tão amargas, tão frias, tão individualistas. As pessoas haviam perdido seu coração em alguma beira de estrada.
Então reparou os motoristas dos carros, uns estavam incomodados com o sol, outros até gostavam... Havia ainda aqueles que estavam apreciando algum som, seja o do ambiente, ou aquele que vinha do rádio, outros então, aceleravam, buscando não se sabe o quê, numa velocidade absurda.
Anna não entendia.
Não compreendia o porquê hoje em dia, o amor estar tão pequeno, a amizade, o carinho, a compaixão, o respeito e a solidariedade.
O que cresceu foi a revolta, a "revolução", o ódio, a vontade de prejudicar o outro, as brigas, as inconstâncias.
Onde essas pessoas haviam se perdido? Anna questionava.

Anna tinha um jeito peculiar de viver, sempre fora amorosa, sempre "doável", mas ao simples sinal de desamor, Anna escorrega, desliza por entre os dedos do outro e foge, foge tão rápido, que nem consegue ser vista.
Anna não gosta de desamor.
Anna vive por amor.
Vive pra amar.
Anna morre sem amor. 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A sereia e o Viking.

Toda sereia tem a sina de ficar sozinha
toda sereia encontra no mar seu amor
toda sereia é casada com o mar.

Reza a lenda que sereia canta para o marinheiro,
chama-o para as profundezas do oceano
e lá, devora-o.
Devora sua mente, corpo e alma.
Sereias são devoradoras de homens.

Há quem diga que sereias são belas,
sereias estas que cantam e encantam,
surgem e somem como as ondas do mar,
mas uma sereia pode se apaixonar?

Sereia se apaixona,
ama e clama por amor,
mas sereia não é boba amor,
de inconstância já basta o mar.

Uma sereia amou um Viking,
conheceu-o numa de suas viagens por aí,
ela, que adorava conhecer outros mares,
ele que adorava conhecer novas terras.

Viking é bruto, saqueia, viaja pra lá e para cá
na superfície do mar.
Sereia que é sereia, é calma e amorosa,
viaja nas profundezas do mar.

Jamais um Viking e uma Sereia dariam certo,
mar e terra,
superfície e profundidade,
que teimosia da sereia,
achar que o Viking seria dela eternamente.

Sereia, deixe de besteira,
vá nadar,
vá se aprofundar,
deixe o Viking na superfície
que lá é seu lugar.

Sereia vai nadar,
se aprofundar no oceano
e o Viking,
vai navegar no mar.

Haverão encontros súbitos,
pois quem diria que os dois estariam no mesmo mar.
Mas há quem diga que eles foram amantes,
outros ainda comentam que foram apenas amigos,
mas o que eles tiveram
só o mar pode contar. 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Montanha russa.

Nunca gostei de montanha russa,
esse sobe e desce,
essa inconstância.

Nunca fui fã de montanha russa,
elas me assustam,
me dão medo,
me causam fagulhas ao estômago.

Nunca cai de amores por montanha russa.
Essa ideia de altos e baixos não é para mim.
Sou constante, linha reta,
não gosto de montanhas russas.

Essa dúvida,
tipo roleta russa,
montanha russa,
seu amor é russo. 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Me faz um café?

Te olhar é uma mistura de emoções,
é um jardim que floresce aqui dentro,
é amor, é saudade.
É tristeza por não ser meu.

Meu amor por ti é como rio que deságua em mar,
é pequeno, manso,
mas ao desaguar no mar,
ah meu bem,
é imensidão, é fúria, é intenso.

Sou tua, só por ser.
Desde o primeiro olhar eu entendi,
que para mim,
não existe ninguém além de você.
Dentre todos os sorrisos, uns mais bonitos, outros mais singelos,
é o seu que eu quero.
É teu sorriso que quebranta meu coração.
É teu olhar que me derruba,
me deixa mergulhar neles,
me deixa ficar imersa.

Como saber se no teu coração outra mulher já fez morada?
Se ela te fez lar?
Se ela já marcou os lábios em você, feito tatuagem.
Quem dera fosse os meus...

Oh meu bem amado,
que dúvida é essa que percorre meu ser?
Sem saber ao certo que quando me olhas sente o mesmo vulcão aqui dentro que sinto ao te ver?
Sou tão tua que deixei de ser minha.

Chega ser estranho, você sentir que seu coração pertence a outro alguém, sem saber se o coração dele também é seu. É como do alto do penhasco, de olhos fechados, jogar-se e rezar, para que aquele alguém esteja lá, prestes a te segurar.
Vem misturar tua vida com a minha, vem ser meu, me deixa ser tua.
Me deixa fazer o café, vem esquentar o pão, vamos dividir a cadeira, sento no teu colo se for necessário.
Deixa-me beber na tua caneca, deixar minha marca de batom, mas antes, vai buscar um cobertor, está frio, embala a gente, embala o amor.
Vai se arrumar pra trabalhar, veste teu terno amor - você fica tão lindo nele - arruma esse teu cabelo bagunçado, que eu adoro desarrumar. Me dá um beijo na testa e sai.
Chega em casa mais cedo, desastrado começa a fazer o almoço. quando eu chego, a casa quase pega fogo!
Como é bobo você.
Vai amor, deixa que eu faço, enquanto isso arruma a mesa, mas de vez em quando, me dá um beijo, um carinho, faz-me cócegas, quase derrubando tudo do fogão.
Vem almoçar, entre uma garfada e outra, me olha e me deixa vermelha, tente roubar a azeitona do meu prato e claro, você esqueceu o suco de laranja.
Tá na hora de sair, vamos, mas espera, não saio sem batom.
Borra meu batom, me deixa brava ao ponto de ter que passar de novo.
Vamos, tá na hora.
É hora do jantar, chego mais cedo, arrumo tudo pra você, que chega e vê que tá tudo feito, mas você me dá um beijo no pescoço, quase me fazendo derrubar a lasanha, vamos, venha jantar.
Jantamos, sorrimos e nos fartamos.
É noite, é a hora em que nos tornamos amantes.
Você me olha como quem desvenda um mistério, me cativa como um animal selvagem, me faz tua, me faz plena.
Rasga minha alma, entre beijos e carícias me sorri, como sorriu na primeira vez que me viu.

Eu acordo.
Me faz um café?