Aqui não é como os contos de fadas que tem começo, meio e fim. Aqui tem dragões, fadas, elfos, unicórnios, espadas, arcos e flechas. Nada aqui é feito sobre regras, eu sou uma Rebelião pedindo, implorando por liberdade.
Seja bem-vindo(a) ao meu mundo.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O sol vai voltar amanhã...

Menina,
menina da mata, da selva, do sol, da lua...
teu lugar é no horizonte, é pra frente,
teu cabelo solto, tuas mãos cheias,
cheias de alegrias,
os olhos esperançosos,
os ouvidos atentos aos elogios
e fechados as ofensas.

Ombros sempre abertos, abertos para o amor,
braços alongados para um abraço,
estômago preparado para receber as borboletas,
quadris preparados para dançar,
pernas alongadas e prontas para caminhar, correr, lutar... vencer!

Menina, teu lugar não é aqui,
corre pro sol,
segue teu rumo,
foge guria, foge menina...

Entra pela mata,
sente a grama, sente o orvalho,
pega uma flor, coloca no cabelo,
mas pede licença antes...

Foge guria,
foge menina,
teu lugar não é aqui! 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Memórias.

Fui arrumar meu guarda roupa, pela vigésima vez esse mês... ao remexer lá no fundo, encontrei uma sacola grande da marca Carmen Steffens, marca de sapato para os desconhecidos. E quando olhei lá dentro, dei de cara com uma pequena coleção que havia ficado esquecida por alguns anos, mais exatamente, uns 8 à 10 anos.
Para ser exata haviam 27 peças, uma bem diferente da outra, que me traziam a memória, momentos inigualáveis, inesquecíveis. Coisas que só o tempo têm.
Não deixando-os na curiosidade, eram exatamente 27 barbies, bonecas da minha época, de desenhos, de filmes, histórias contadas a mim em ocasiões inoportunas. filmes assistidos à tarde, em pleno horário de sessão da tarde na Globo.
Roupas apertadas que só servem nelas, saltos? Os mais altos.. sem dor e o dia todo. O cabelo, nunca ficava sujo, a maquiagem intacta.
Mas, o que me chamou a atenção, foi que sem querer, eu coloquei meus objetos de infância, numa sacola, de um sapato que havia comprado.
Eu percebi então, que a juventude engole, com uma boca gigante a nossa inocência, nossa criancice, nossa meninice.
Com o tempo, deixamos as barbies, os ursos de pelúcia, dando lugar as maquiagens, aos saltos, as roupas, os penteados... e com isso fiquei pensando o quanto eu sentia falta desse tempo, em que sentava no chão, derrubava os brinquedos e passava o dia ali. Como se o tempo pertencesse a mim e eu, num segundo, pudesse puxar o ponteiro da hora e fazê-lo voltar num instante.
Como diz por aí "dar asas a imaginação".
Nada de trabalho, nada de estresse, nada de palavras ríspidas, somente o chão gelado, os pés descalços e apenas as mãos e a mente ocupada.
Memórias quem vêm acompanhada de sorrisos, carregadas de saudade.