Aqui não é como os contos de fadas que tem começo, meio e fim. Aqui tem dragões, fadas, elfos, unicórnios, espadas, arcos e flechas. Nada aqui é feito sobre regras, eu sou uma Rebelião pedindo, implorando por liberdade.
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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Desistir, abrir mão, ir embora...

É isso mesmo, desistir não é fácil, o desapego gera sofrimento, seja ele de um objeto ou pessoa.
Mas convenhamos que o desapego de um objeto é algo mais superficial, as vezes desapegamos de uma roupa por ela não servir mais ou estar velha, desapegamos de um cd, porque ele está riscado.
Desapegamos de folhas, quando estas não prestam mais, desapegamos de sapatos, porque não nos servem mais.
Não desapegamos de pessoas, isso não.
Confesso que tem sido um trabalho árduo e tenebroso desistir de você, não sei, parece que perto de você eu fico bem e longe também, mas não tão longe, porque daí logo vem a falta, a saudade, mas quê posso eu fazer? Apenas desapegar.
O desapego gera desconforto, pelo menos para mim, não que seja uma pessoa materialista, mas gosto das minhas coisas, na verdade, meu medo não é o desapego e sim do "fim", do "término", da "morte", por isso não gosto de nenhum desses termos e tenho dificuldade de findar algo com alguém, a não ser que tenha cometido algo realmente grave para mim, aí sim, sou tomada por uma tristeza/ódio, que tomam conta do meu ser, fazendo com que eu desista de forma rápida.
Não gosto de despedidas, elas sempre têm a "morte" envolvida, seja de um relacionamento, em qualquer campo (amizade, amor, trabalho, companheirismo), ou então de um animal (que a dor é proporcionalmente igual, ou as vezes, até mais), com isso, não lido bem com isso.
E não, não tenho lidado bem com essa "despedida" de você, mesmo que eu tenha tomado a atitude, eu não lido bem, porque nossa amizade foi real, então tudo que falo, que vejo, ou que comento, eu lembro de algo que conversamos e daí novamente me torna a lembrança que desisti de você.
Eu desisti de achar que eu estava errada, que havia algo de errado comigo, não, não há!
Honestamente eu tinha esperança, eu acreditava em algo, até porque você de repente se demonstrou tão interessado que achei que algo havia mudado, mas não; você continua o mesmo, talvez porque esse seja você e nada mais.
É complicado ver que nada para você está bom, que as pessoas não são boas o suficiente e que, a vida não é como quer e nem nunca vai ser! Temos que aprender que todos temos problemas, defeitos, que a nossa vida é mero aprendizado, mas se acha tu o Mestre, como ser aprendiz? Não é.
Abrir mão de pessoas é algo que compreende tempo e paciência, porque numa relação, seja ela qual for, assuntos são debatidos, sentimentos trocados e o pior, músicas.
Acredito que esta última seja a pior, pois toda música que lhe inspirar tal pessoa, fica marcada para sempre, quer um conselho? Não "dê" músicas para as pessoas. É melhor não, ou no fim das contas, não terá mais repertório, porque todas tuas músicas favoritas foram dedicadas às pessoas erradas.
Desapegar de pessoas é constrangedor, pois enquanto fazemos de tudo para esquecer, sempre tem alguém ou algo que nos remete a ela imediatamente e com isso, milhões de pensamentos, um turbilhão de sentimentos te envolve, te fisga e lá está você, de novo, na rede, presa, estagnada naquela lembrança, memória.
Eu estou exercitando o desapego, tentando deixar-te ir, mas não fisicamente, talvez emocionalmente, dentro de mim.
Não nego que te amei, isso é fato, continhas uma lista das minhas coisas favoritas, por fora e por dentro, mas pelo visto, eu não era sua lista favorita. Mas isso não importa mais.
Cada um é uma lista, uns gostam mais, outros não, temos apenas que encontrar a lista que mais nos encanta.
Eu estou desapegando de você e te garanto, a hora que tudo se exaurir dentro de mim, não haverá mais semente, mais terra fértil, mas água para se regar, que fará esse sentimento florescer aqui dentro novamente.
Eu sinto muito, ou talvez nem sinta, mas eu tô desapegando de você.  

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