É neste deserto que danço, encanto, falo, conto, sonho.
Procuro nesse deserto me encontrar, encontrar o mar, busco no Deserto a quem olhar, a quem ver, a quem achar. Nesse Deserto me torno Deusa, Fada, Sereia; me torno mulher, criadora do mundo, do universo, me transformo na Lua, com suas quatro fases, na sua plenitude.
Quero o tudo, quero o nada, tampouco o meio a meio. De sobras, bastam as pequenas migalhas que o deserto carrega consigo mesmo.
No Deserto sou Guerreira, meiga, sutil, destruidora; nada me impede de seguir em frente, apenas ao olhar o infindável Deserto que sem chegar em algum lugar no fim das contas cheguei em todos.
No Deserto me encontro, me perco; me procuro e me acho.
No Deserto sou quem sou, sem mais nem porque.
Não há julgos, mentiras, falsos moralismos... somente o grande Deserto.
Sumir no mundo é o que quero, quero liberdade, ser eu mesma, quero tranquilidade, silêncio.
A única companhia que espero é o Deserto, o sol e a areia.
Bons e velhos companheiros de estrada.
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