Aqui não é como os contos de fadas que tem começo, meio e fim. Aqui tem dragões, fadas, elfos, unicórnios, espadas, arcos e flechas. Nada aqui é feito sobre regras, eu sou uma Rebelião pedindo, implorando por liberdade.
Seja bem-vindo(a) ao meu mundo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Porque mudar?

-

Quando penso de onde surgiu o relacionamento, logo penso: antes surgiu o amor.
Quando penso onde surgiu o amor, penso: começou com a amizade.
E o compromisso ou relacionamento?
De onde eles surgiram?
E pra que eles servem?
Não digo que os relacionamentos foram criados para acorrentar, ou algemar uma pessoa a outra, mas sim para complementar-nos.
E assim vivemos.
E quando temos um relacionamento, estamos indiretamente comprometidos a outra pessoa.
E nós quando nascemos somos livres, na verdade nascemos sozinhos e morremos sozinhos, mesmo acompanhado com alguém do lado, morremos sozinhos.
E as vezes me pergunto o que faz alguém desistir do comprometimento?
Se temos algo tão sólido, como um prédio, em que a estrutura, a base, o alicerce está firme; não há como esse prédio cair.
E esses "alicerces" são a confiança, o amor, o respeito, o carinho, a gratidão, a educação.
O "prédio" em si, ai sim; entra a tão famosa física e química!
Mas me pergunto o que te faz mudar?
O que te faz mudar de uma relação sólida para uma, vamos dizer assim; curtição?
O que te leva a cometer isso?
Seria a curiosidade por algo novo, por estar tanto tempo com a mesma pessoa?
O que será que aconteceu com as pessoas, já que antes, os relacionamentos eram mais sólidos, o ser confiável e confiar era mais verdadeiro?
E será que as pessoas mudaram, e ai com isso, os valores mudaram?
Se o amor é uma coisa tão bonita, tão doce, porque mudar para algo que não vai te acrescentar em nada?
Um "relacionamento passageiro" em que nada se constrói, em nada ele está baseado?
Isso não é relacionamento, nem nome existe para isso.
Hoje em dia, chamam de "ficar", mas ficar para mim e para mais centenas de pessoas é apenas estar ao lado da pessoa, como companhia, ou apenas aquela pessoa que se senta ao seu lado no consultório médico.
Uma pessoa muito especial pra mim, me disse o seguinte: - As vezes é como "trocar chocolate por doce de feijão".
E ele está certo.
É trocar algo que te faz bem, por algo que vai te dar indigestão, psicológica ou fisiológica; como preferir.
Até as amizades não são mais sólidas.
É engraçado porque se continuarmos assim nem os prédios serão mais firmes.
É porque você vê curiosidade num "novo" corpo, "nova" boca, "novo" jeito?
Se for isso, então estamos ficando enjoados das pessoas, e está havendo a necessidade desse rodízio físico e emocional, onde indiretamente todo mundo é de todo mundo?
Assim, não tem graça.
Entendo que as pessoas tem defeitos, e que as vezes nós enjoamos, ou nos estressamos, ao invés de mudar tão drasticamente e tão rapidamente, porque não tentar mudar juntos?
Tentar construir algo juntos, diferente, mais concreto e sólido?
E na maioria das vezes quando há essa troca, sempre é para algo pior, coisa que nunca entendi.
Será aquela relação do chocolate e do doce de feijão?
E as pessoas que fazem essas "trocas" nunca admitem, ou não sabem explicar o porque de uma mudança tão drástica e paradoxal.
O sentimento se tornou tão ínfimo a ponto de realizar uma troca?
E acho que não há a necessidade dessa troca quando amamos, porque já diz, "O amor é cego".
Realmente, quando amamos, só enxergamos a pessoa amada, e nada além dela.
Mas também isso pode se virar contra nós, no momento em que não vemos o que estamos fazendo por estarmos cego, e acabamos matando o amor de alguém.

Não deixe que o seu amor se torne cego e você seja "obrigado" a realizar uma troca. As trocas raramente dão certo, o melhor é trocar sentimentos, gestos, valores morais, onde assim podemos construir uma base, um alicerce tão bem estruturado, que nem uma bomba atômica seria capaz de derrubar.
As pessoas deveriam ter os valores, e tudo o que citei, enraizado como aquelas árvores antigas que vemos na rua, tão difíceis de derrubar, mas tão sólidas, firmes, sensíveis e frágeis; e no final das contas tão belas, que decoram nossas casas, nossa cidade, nosso país, nosso mundo.


Obrigada por me ajudar a compor esse texto.
(A).

Nenhum comentário:

Postar um comentário