Sim eu sei, podem brigar comigo, mas eu precisava ficar fora um pouco.
Sabe quando as coisas vão aproximando e afunilando?
Pois é.
Precisava pensar, analisar, canalizar.
Sei que para muitos é besteiras, pra outros primordial.
Só sou grata aos que nesse tempo, desde 2010, me são fiéis ao lerem os pensamentos de uma menina, digo menina, porque não importa o quanto cresça; a menina não foi embora.
Ah, aqui é e, sempre será a minha casa, o lugar aonde jogo a bolsa, tiro os sapatos, deito na cama e fecho os olhos. O lugar onde tomo chá, escuto música, escrevo e bebo vinho.
É meu porto seguro, acho que escrever é meu porto seguro. Seria mais fácil expressar-me escrevendo no ar, do que falando, parece que o sangue chega mais rápido nas mãos do que na boca.
Seria isso uma forma de calar-me?
De isolamento? Ah, creio que não.
Mas, um manifesto contra esse falatório no mundo desnecessário, onde todo mundo fala muito, mas não quer dizer nada.
Ah, é até engraçado, minha cabeça, formula mil e uma frases, textos, poemas, mas; quando quero falá-los, eles se perdem, parece que escorrem, para algum lugar do qual não sei. Elas se perdem nesse meio.
Mas entre minha cabeça e minhas mãos?
Ah, elas fluem, feito um fluente.
Fluem como se nada as interrompesse.
Pois é, quando acho que não tenho nada pra escrever, algo sai.
É queridos leitores, as vezes a gente é pego de surpresa.
(:
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